Notícias
Sociedades e ecossistemas precisam se adaptar à mudança climática
De 7 até o dia 18 de novembro, representantes de cerca de 200 países se reúnem na 22ª Sessão da Conferência das Partes (COP 22) da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima, em Marrakesh (Marrocos). Os participantes debatem ações de combate à mudança climática, incluindo os próximos passos para o Acordo de Paris – compromisso que entrou em vigor no último dia 4 de novembro e que prevê diretrizes e metas para que os países reduzam suas emissões de gases do efeito estufa.
André Ferretti, gerente de Estratégias de Conservação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, participa da COP22 como observador. Em artigo publicado no Blog do Planeta da Revista Época, ele alerta que, mesmo que todos os países signatários do Acordo atinjam suas metas com sucesso, isso não será suficiente para impedir o aumento da temperatura média do planeta e suas consequências.
Assim, enfrentar a mudança global do clima é o maior desafio da atual geração e, para isso, é indispensável atuar na adaptação das sociedades e dos ecossistemas a essas alterações, de modo a evitar perdas de vidas e prejuízos econômicos sem precedentes. “Felizmente existem soluções e o Brasil tem grande oportunidade para agir com pioneirismo nesse cenário”, afirma Ferretti.
No artigo, a Adaptação baseada em Ecossistemas (AbE) é apresentada como uma solução para melhor preparar a sociedade para as alterações climáticas, com base nos serviços ecossistêmicos. “É uma solução ganha-ganha: a sociedade se adapta à mudança do clima, os ecossistemas permanecem bem conservados, o custo é menor e a biodiversidade é valorizada”, complementa Juliana Ribeiro, coautora do artigo e analista de projetos ambientais da Fundação Grupo Boticário.