Áreas naturais
Conservando as áreas naturais e mantendo suas espécies em equilíbrio para proteger a vida no planeta
Atuamos na articulação para a criação e/ou implementação de unidades de conservação em áreas prioritárias para contribuição à segurança hídrica e resiliência costeiro-marinha.
Apoiamos a implementação e criação de novas Unidades de Conservação (UCs) para proteger os ecossistemas naturais e suas espécies integralmente.
As UCs contribuem para a proteção das áreas naturais no país e para a preservação e uso sustentável da biodiversidade em todos os biomas brasileiros. A manutenção dessas áreas traz uma série de benefícios para toda a sociedade, especialmente por meio de serviços ecossistêmicos fornecidos pela natureza, como a proteção a nascentes e mananciais, garantindo a qualidade de recursos hídricos à população, sequestro de carbono, proteção de espécies endêmicas e ameaçadas, além de evitar desmoronamentos e outras tragédias naturais.
Em tempos de efeitos extremos das mudanças climáticas, é urgente garantir a existência e o fortalecimento dessas áreas que influenciam diretamente na proteção dos mananciais, garantem segurança hídrica e promovem a resiliência das zonas costeiro-marinhas.
Além disso, a conservação dessas áreas é fundamental para o desenvolvimento de pesquisas científicas e de atividades voltadas à educação ambiental e ao turismo sustentável, possibilitando a geração de benefícios sociais e econômicos para as comunidades locais.
Apesar do avanço na implementação das unidades de conservação, o cenário atual ainda é insuficiente para garantir a plena proteção dos serviços ecossistêmicos que essas áreas podem proporcionar.
Em busca de contribuir com o aprimoramento e efetiva aplicação da legislação, além do avanço na ampliação, implementação e gestão do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, a Fundação atua com foco em destravar e influenciar para que os recursos financeiros destinado ao Sistema sejam ampliados, especialmente o mecanismo de Compensação Ambiental, e, assim, colaborem com o fortalecimento dessas áreas.
O cenário das unidades de
conservação no Brasil
Atualmente, existem 2.945 unidades de conservação, entre o nível federal, estadual e municipal.
19% estão localizadas em território nacional e 26% em áreas marinhas.
Dados: Cadastro Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (CNUC)
A IMPORTÂNCIA DA CONSERVAÇÃO DA VEGETAÇÃO NATURAL EM TODOS OS ECOSSISTEMAS
Dados do Relatório de Avaliação Global dos Recursos Florestais da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)- 2020.
O Brasil mantém 497 milhões de hectares de matas nativas, sendo o país com a maior diversidade nesse campo, somando mais de 9 mil espécies, sendo que 12% das florestas do mundo estão no Brasil.
Entretanto, o mesmo relatório aponta que o Brasil é o país que mais perdeu área de florestas na última década, com 1,5 milhão de hectares perdidos a cada ano, nos últimos 10 anos.
O mundo, todos os anos, perde 10 milhões de hectares, o que faz com que de 12% a 20% de emissões globais de dióxido de carbono (CO2) deixem de ser absorvidas pela floresta e sejam lançadas diretamente na atmosfera.
Além das florestas, outros ecossistemas também devem ser protegidos pela criação e implementação das UCs e devem ter a atenção da sociedade, como o Cerrado.
Conhecido como a savana mais rica em biodiversidade do mundo, o Cerrado brasileiro ocupa cerca de 22% do território nacional e está repleto de belíssimas paisagens e recursos hídricos estratégicos responsáveis por 70% da água no país.
No entanto, segundo avaliação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), desde 2019, o desmatamento no Cerrado vem crescendo rapidamente. Em 2023, o bioma perdeu 11 mil km², o equivalente a sete vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
As iniciativas e o trabalho da Fundação Grupo Boticário sobre essa temática buscam cada vez mais contribuir para o combate à perda de vegetação natural deste e dos demais biomas, a prevenção e combate aos incêndios e a implementação de UCs para que possamos alcançar as metas climáticas das quais o Brasil é signatário e minimizar as catástrofes ambientais.