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Restam menos de mil peixes-bois-marinhos no Brasil. Mas já estamos fazendo algo para ajudar a espécie! 😉
Há cerca de um ano, um projeto realizado no litoral do Nordeste pela Fundação Mamíferos Aquáticos começou a mudar a realidade do imponente e dócil peixe-boi-marinho. Com nosso apoio, pesquisadores passaram a monitorar a espécie com o objetivo de obter dados confiáveis para elaborar novas iniciativas para sua conservação.
A tecnologia tem um papel importante nesse projeto: o monitoramento é feito via satélite. “É a primeira vez que essa tecnologia será usada voltada especialmente à espécie e, futuramente, poderá ser aplicada em outras atividades ambientais semelhantes”, destaca João Carlos Gomes Borges, veterinário e responsável pelo projeto.
O monitoramento permite conhecer melhor a ecologia dos peixes-boi: em quais áreas eles ficam, como se alimentam, se estão se relacionando entre si, entre outras informações relevantes. Além disso, se durante esse acompanhamento for constatada alguma alteração clínica em algum peixe-boi, ele é conduzido para o tratamento necessário.
O projeto também faz campanhas de conscientização sobe os perigos à sobrevivência do peixe-boi-marinho em escolas, portos e empreendimentos locais. Além da comunidade, os turistas também são público-alvo dessa frente.
Sobre a espécie: o peixe-boi-marinho vive no litoral das regiões Nordeste e Norte do Brasil, de Alagoas à Amapá. Dados indicam que a espécie já desapareceu de várias áreas de ocorrência e que a população total no país esteja em cerca de mil indivíduos. Conhecidos por viverem sozinhos ou em pequenos grupos, eles são dóceis, brincalhões e podem viver, em média, até 50 anos. Em média, cada fêmea tem um filho a cada três anos, o que contribui para a situação crítica da espécie, que já possui diversas ameaças como a pesca acidental e a degradação do hábitat.