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Foto: Haroldo Palo Jr.

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Natureza perde Peter Crawshaw Jr., pesquisador pioneiro das onças-pintadas no Brasil

​A conservação da biodiversidade brasileira perdeu no último domingo (25) um importante defensor: o pesquisador paulista Peter Gransden Crawshaw Junior

Foto: Haroldo Palo Jr.

A conservação da biodiversidade brasileira perdeu no último domingo (25) um importante defensor. O pesquisador paulista Peter Gransden Crawshaw Junior morreu aos 69 anos devido a complicações de Covid-19, deixando um grandioso legado a favor dos felinos. Ele foi um dos maiores defensores desses animais no Brasil e no mundo, pioneiro na pesquisa e conservação da onça-pintada – um dos símbolos da fauna brasileira.

Os estudos conduzidos nas décadas de 1970 e 1980, no Pantanal, por Peter, o alemão George Schaller e o norte-americano Howard Quigley abriram espaço para a pesquisa de onças-pintadas. Depois de um mestrado nos Estados Unidos, Peter se estabeleceu em Foz do Iguaçu, onde criou o Projeto Carnívoros do Iguaçu e ajudou a formar uma nova geração de pesquisadores de felinos para todos os biomas brasileiros. Entre os desdobramentos de seus estudos também estão a criação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Predadores Naturais (Cenap) e do Instituto Pró-Carnívoros.

Generoso, amigo e alegre são algumas das características compartilhadas por quem o conheceu, além de dizer que Peter entendia as onças-pintadas e o comportamento delas melhor do que ninguém. “Agregar e capacitar pessoas e produzir informação não apenas sobre o conhecimento das espécies, mas também para promover a convivência dos predadores com as populações humanas e fomentar políticas públicas, como subsídio para criação de unidades de conservação e o estabelecimento de ações articuladas nos planos de ação” estavam entre suas premissas, conforme relatam Angela Kuczach e Ronaldo Morato em artigo publicado em O Eco em homenagem a Peter.

Peter foi um dos primeiros consultores voluntários da Fundação Grupo Boticário, desde 1994, e liderou quatro projetos sobre felinos e onça-pintada apoiados pela instituição, além de contribuir com sua experiência e conhecimento em outras iniciativas, como no monitoramento de fauna nas reservas naturais Salto Morato e Serra do Tombador. Entre os estudos conduzidos nesse contexto está o Programa de Educação Ambiental para o Parque Nacional Iguaçu, de 1991, um dos primeiros projetos apoiados pela Fundação.

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